Ghostrunner é um jogo eletrônico de ação em primeira pessoa, lançado em 2020, que combina elementos de parkour, combate ágil e um cenário cyberpunk sombrio. Desenvolvido pela One More Level e publicado pela 505 Games, o jogo se destaca por sua jogabilidade frenética, onde um único golpe pode ser fatal tanto para o protagonista quanto para os inimigos. A ambientação em Dharma Tower, uma megacidade vertical controlada por um tirano, cria uma atmosfera opressiva e futurista, repleta de neon, violência e uma trilha sonora eletrônica intensa. Com gráficos impressionantes e um sistema de movimento fluido, Ghostrunner oferece uma experiência desafiadora, exigindo reflexos rápidos e planejamento estratégico para superar seus obstáculos mortais.
Além da jogabilidade única, o jogo apresenta uma narrativa envolvente, explorando temas como identidade, liberdade e rebelião contra a opressão. O protagonista, um guerreiro cibernético conhecido como Ghostrunner, desperta sem memórias e é guiado por uma voz misteriosa em sua missão de subir a torre e confrontar seus governantes cruéis. A combinação de história cativante, combate preciso e level design vertical faz de Ghostrunner uma experiência memorável para fãs de jogos desafiadores e do estilo cyberpunk.
Enredo

A trama de Ghostrunner se passa em Dharma Tower, a última cidade da humanidade após um evento apocalíptico. Governada pela tirana Mara, a torre abriga uma sociedade dividida entre uma elite privilegiada e as massas oprimidas. O jogador controla Jack, um Ghostrunner — um assassino biomecânico de elite — que acorda sem lembranças, apenas com a orientação de Architect, uma hacker que afirma tê-lo reconstruído após sua morte. Ela revela que Jack é a chave para derrubar Mara e libertar a torre de seu domínio cruel.
Conforme Jack avança pelos andares da torre, ele descobre fragmentos de seu passado e os segredos por trás do governo de Mara. A narrativa aborda questões como transhumanismo, livre-arbítrio e o que significa ser humano em um mundo dominado pela tecnologia. Enquanto enfrenta inimigos biomecânicos e supera desafios mortais, Jack também precisa confrontar sua própria natureza: ele é apenas uma arma programada, ou ainda resta algo de sua humanidade?
A revolta dos Climbers — um grupo de rebeldes — e as revelações sobre o verdadeiro propósito de Dharma Tower adicionam camadas ao conflito. Architect, que age como sua guia, tem seus próprios interesses, e Mara, a antagonista, não é apenas uma vilã unidimensional, mas uma figura complexa que acredita em sua causa. O enredo mantém um ritmo acelerado, com reviravoltas que levam a um clímax intenso e um final que deixa espaço para reflexão.
Personagens Principais
Jack (O Ghostrunner): O protagonista silencioso do jogo, Jack é um guerreiro cibernético ressuscitado sem memórias de seu passado. Armado com uma katana letal e habilidades de parkour avançadas, ele é uma máquina de combate eficiente, mas também carrega dúvidas sobre sua própria identidade. Sua jornada não é apenas física, mas também filosófica, enquanto questiona se é uma ferramenta ou um ser com vontade própria.
Architect (A Hackeadora): Uma inteligência artificial misteriosa que guia Jack ao longo da torre. Architect age como sua mentora, fornecendo informações e ajudando-o a navegar pelos perigos de Dharma Tower. No entanto, suas motivações não são totalmente claras, e seu relacionamento com Jack é repleto de tensão e desconfiança. Ela tem seus próprios objetivos, que nem sempre podem estar alinhados com os do protagonista.
Mara (A Keymaster): A antagonista principal, Mara é a governante implacável de Dharma Tower. Ela mantém o controle absoluto sobre a população, usando força bruta e tecnologia avançada para suprimir qualquer resistência. Sua visão distorcida de ordem e sobrevivência a torna uma vilã complexa, pois ela acredita que seu regime é necessário para salvar a humanidade.
Os Climbers: Um grupo de rebeldes que luta contra o governo de Mara. Eles representam a resistência humana dentro da torre e têm um papel importante na trama, mesmo que não sejam personagens individuais profundamente explorados. Sua luta pela liberdade contrasta com a frieza tecnocrática de Mara.
Agilidade e Precisão nos Combates

Ghostrunner se destaca por sua jogabilidade única, que combina movimentação ágil, combate letal e desafios baseados em tempo de reação. O jogo opera sob a premissa de “one hit, one kill“— tanto o protagonista quanto os inimigos morrem com um único golpe, o que exige precisão extrema e planejamento estratégico. Jack, o Ghostrunner, possui habilidades de parkour futurista, como corrida em paredes, dash aéreo e gancho de escalada, permitindo navegar pelos cenários verticais de Dharma Tower com fluidez. O combate é intenso e exige que o jogador sincere ataques, esquivas e habilidades especiais em sequências rápidas, quase coreografadas, criando uma sensação cinematográfica.
Além do movimento e do combate básico, o jogo introduz um sistema de habilidades cibernéticas que podem ser desbloqueadas e aprimoradas ao longo da campanha. Entre elas estão o “Tempestade Sensorial” (que permite desacelerar o tempo), o “Surto” (um dash ultrarrápido) e o “Vórtice” (que rebate projéteis). Essas habilidades não apenas ampliam as possibilidades táticas, mas também incentivam a experimentação, já que diferentes situações exigem abordagens distintas. O Cybervoid, uma dimensão digital acessível em certos momentos, adiciona quebra-cabeças ao gameplay, desacelerando o ritmo frenético para momentos de resolução de puzzles baseados em plataforma e lógica.
Dificuldade Extrema
Ghostrunner é um jogo que não faz concessões — sua dificuldade é parte fundamental da experiência, moldando cada momento de gameplay em um teste de habilidade e paciência. O sistema de “one hit, one kill” significa que qualquer erro, por menor que seja, resulta em morte instantânea, exigindo precisão cirúrgica em cada movimento e ataque. Os inimigos não são apenas numerosos, mas também variados, com padrões de ataque distintos que forçam o jogador a adaptar sua estratégia constantemente. Fases são projetadas como quebra-cabeças letais, onde parkour, combate e timing precisam ser executados em perfeita sincronia. A curva de aprendizado é íngreme, e progresso só vem após repetidas tentativas, mas cada vitória traz uma satisfação única, fruto do domínio conquistado através da persistência.
Além disso, o jogo não oferece dificuldades ajustáveis ou mecanismos de assistência, mantendo sua visão artística intacta — você joga do jeito que os desenvolvedores imaginaram, ou não joga. Essa filosofia “all or nothing” divide opiniões: enquanto alguns jogadores adoram o desafio puro e a sensação de evolução pessoal, outros podem achar a experiência frustrante demais. No entanto, é justamente essa ausência de meio-termo que faz de Ghostrunner uma experiência memorável.
Curiosidades

Ghostrunner foi inspirado em clássicos como Mirror’s Edge e Hotline Miami: A desenvolvedora One More Level mesclou a movimentação fluida de parkour do primeiro com o combate letal e de um só golpe do segundo, criando uma identidade única para o jogo
A trilha sonora foi criada por Daniel Deluxe e outros artistas synthwave: A música eletrônica pesada e atmosférica combina perfeitamente com o cenário cyberpunk, tornando-se parte essencial da imersão no mundo de Dharma Tower.
Jack foi originalmente planejado para ter diálogos: Em versões iniciais, o protagonista falaria durante o jogo, mas os desenvolvedores optaram por mantê-lo mudo para aumentar o mistério em torno de seu personagem.
A katana de Jack tem propriedades físicas realistas: Os desenvolvedores trabalharam com consultores de artes marciais para garantir que os movimentos da lâmina fossem precisos e satisfatórios, mesmo em alta velocidade: