Katana ZERO é um jogo indie de ação e plataforma desenvolvido pela Askiisoft e publicado pela Devolver Digital, lançado em 2019. Com uma estética pixel art vibrante e uma trilha sonora eletrônica pulsante, o jogo se destaca por sua jogabilidade ágil e combate preciso, onde cada movimento pode significar a diferença entre a vida e a morte. O protagonista, conhecido apenas como Dragão, é um assassino amnésico que utiliza uma katana e habilidades de manipulação do tempo para desmantelar inimigos com fluidez letal. A narrativa, repleta de reviravoltas e elementos psicológicos, mistura cyberpunk, noir e um toque de horror, criando uma experiência única e imersiva.
Além da jogabilidade frenética, Katana ZERO se diferencia por sua estrutura narrativa não linear, com diálogos dinâmicos que afetam pequenos detalhes da história. O jogo também aborda temas pesados, como trauma de guerra, vício e identidade, tudo envolto em um clima sombrio e misterioso. A combinação de combate satisfatório, história intrigante e direção de arte marcante fazem deste título uma experiência inesquecível para os fãs de ação e narrativas profundas.
Enredo

O jogo acompanha o Dragão, um guerreiro amnésico que trabalha como assassino sob as ordens de seu psiquiatra, o Doutor. Vivendo em um distópico bairro de New Mecca, o protagonista depende de um misterioso medicamento chamado Cronos, que não apenas alivia suas dores, mas também lhe concede a habilidade de desacelerar o tempo—um poder essencial para suas missões letais. Conforme ele executa contratos para figuras sombrias da cidade, fragmentos de seu passado começam a surgir, revelando conexões com um conflito militar conhecido como a Guerra de Cnull, onde experimentos horrendos foram realizados em soldados.
A trama se desenrola em meio a encontros com personagens enigmáticos, como V, uma jovem misteriosa que parece saber mais sobre o Dragão do que ele próprio, e Fifteen, um homem mascarado com habilidades semelhantes às dele. À medida que o protagonista investiga suas próprias memórias, ele descobre que nem tudo é o que parece, e que forças poderosas estão manipulando sua vida. O jogo questiona constantemente a realidade do jogador, misturando alucinações, flashbacks e revelações chocantes que mantêm a tensão até o final.
Com um ritmo cinematográfico e cenas de ação intensas, Katana ZERO mantém o jogador sempre em dúvida sobre o que é real e o que é ilusão. A narrativa, repleta de simbolismo e temas psicológicos, explora a natureza da violência, o peso do passado e a busca por redenção—tudo enquanto o Dragão corta seu caminho através de hordas de inimigos em sequências espetaculares.
Personagens Principais
Dragão (Zero): O protagonista silencioso e letal, um assassino com um passado nebuloso ligado a experimentos militares. Sua dependência do Cronos e suas memórias fragmentadas o tornam um personagem complexo e imprevisível.
Doutor: O psiquiatra que supervisiona o Dragão, fornecendo-lhe missões e o medicamento Cronos. Suas verdadeiras intenções são questionáveis, e sua relação com o protagonista é cheia de tensão.
V (Vicky): Uma jovem misteriosa que parece ter uma conexão profunda com o passado do Dragão. Seu papel na trama é crucial para desvendar os segredos do protagonista.
Fifteen: Um homem mascarado com habilidades similares às do Dragão, envolvido em uma rivalidade intensa e cheia de significados ocultos.
Combate com Estilo e Precisão Letal

Katana ZERO impressiona por seu combate veloz, preciso e implacável. Cada movimento exige cálculo e domínio total dos controles. Armado apenas com sua katana, o protagonista — conhecido como Dragão — enfrenta inimigos equipados com armas de fogo e explosivos, o que exige do jogador reflexos afiados e domínio de mecânicas como esquivas, deflexão de balas e ataques fulminantes.
A habilidade de desacelerar o tempo é um dos destaques: ela permite pausar brevemente a ação para planejar os próximos golpes, transformando cada confronto em uma coreografia letal. Um único erro, porém, é suficiente para causar a morte — tanto do jogador quanto dos inimigos — reforçando o ritmo tenso e a precisão exigida em cada cena.
Outro ponto marcante é o sistema de morte instantânea e “replay”, em que o jogador recomeça a cena após falhar, como se o personagem estivesse visualizando diferentes possibilidades antes de agir. Esse recurso se conecta à trama — já que o Dragão usa a droga Cronos para prever o futuro — e estimula a experimentação sem penalizar o erro, tornando a jogabilidade dinâmica e viciante. A transição fluida entre tentativas contribui para a atmosfera cinematográfica, intensa e estilizada do jogo.
Integração entre Narrativa, Jogabilidade e Estética

Um dos diferenciais de Katana ZERO é seu sistema de diálogos dinâmicos, onde cada escolha pode influenciar pequenos — e às vezes cruciais — desdobramentos da história. Em certas conversas, responder rapidamente ou hesitar muda a forma como os personagens reagem, desbloqueia caminhos alternativos e até finais secretos. Essa mecânica reforça a sensação de instabilidade mental do protagonista, sugerindo que ele está em constante conflito com sua própria percepção da realidade — ou sendo manipulado por ela.
O design de fases também se destaca. As missões combinam elementos de plataforma vertical, furtividade e combate direto, sempre exigindo raciocínio rápido e adaptação. Embora o jogo estimule abordagens agressivas, há momentos em que a cautela se impõe — como ao evitar sensores a laser ou eliminar alvos específicos antes que acionem alarmes. A variedade de inimigos, que vai de policiais com escudos a soldados com mochilas a jato, obriga o jogador a mudar de estratégia constantemente, mantendo a experiência desafiadora e imprevisível.
A trilha sonora em estilo synthwave e os efeitos sonoros impactantes são o toque final que dá vida ao caos estilizado de Katana ZERO. As batidas eletrônicas sincronizam com os movimentos do jogador, enquanto cada golpe, corte e morte é pontuado por efeitos visuais e sonoros intensos — criando uma sensação visceral de impacto e recompensa. Tudo contribui para um jogo em que narrativa, jogabilidade e estética se entrelaçam com maestria.
Curiosidades

O protagonista era originalmente um policial: Em versões iniciais do roteiro, o Dragão seria um detetive corrupto, mas a ideia foi alterada para o atual assassino amnésico, tornando a narrativa mais misteriosa.
O jogo esconde um minigame de fliperama totalmente funcional: Em um dos cenários, o jogador pode acessar uma máquina de arcade com um jogo completo dentro do jogo, cheio de easter eggs.
As mortes brutais foram inspiradas por filmes de ação dos anos 80: O desenvolvedor citou clássicos como “Os Imperdoáveis” e “Duro de Matar” como referência para os combates ultra-violentos e estilizados.
Um bug na demo inicial virou mecânica oficial: O “dash infinito”, descoberto por jogadores na demo, foi tão popular que os desenvolvedores o mantiveram como habilidade no jogo completo.
Existem diálogos que só aparecem se você morrer repetidamente: O jogo “quebra a quarta parede” em certos momentos, com personagens comentando suas mortes de forma metalinguística.