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Sifu

Sifu

Sifu é um jogo de luta realista em terceira pessoa, trazendo combates de kung fu e golpes de artes marciais cinematográficos que conduzem você por uma trajetória de vingança.

Sifu é um jogo de ação e artes marciais desenvolvido pela Sloclap, estúdio independente francês conhecido por Absolver. Lançado em fevereiro de 2022 para PlayStation 4, PlayStation 5 e PC (mais tarde para outras plataformas), o jogo rapidamente se destacou por sua proposta desafiadora, seu sistema de combate inspirado no kung fu e um estilo visual marcante, com estética cel-shading. O jogo combina elementos de beat ‘em up clássico com mecânicas modernas de roguelike, em que o jogador aprende com cada derrota para melhorar suas chances nas tentativas seguintes. Um dos aspectos mais inovadores de Sifu é seu sistema de envelhecimento: a cada morte, o protagonista envelhece, ficando fisicamente mais frágil, mas mais poderoso no combate.

Enredo

Sifu
Imagem: Sifu (Sloclap)

A história de Sifu gira em torno de um jovem artista marcial, cujo pai — mestre de kung fu — é brutalmente assassinado por um grupo de cinco ex-discípulos traidores. O protagonista, então ainda uma criança, sobrevive ao massacre graças a um misterioso talismã que tem o poder de revivê-lo após a morte. Oito anos depois, já adulto e treinado, ele parte em uma jornada de vingança implacável contra os responsáveis pela tragédia. A busca não é apenas por justiça, mas também um mergulho nas consequências do ódio e da obsessão.

A jornada do protagonista se divide em cinco fases, cada uma ambientada em um cenário urbano distinto — como um esconderijo no submundo do crime, uma boate vibrante ou um santuário escondido nas montanhas —, refletindo o caminho interior de seu crescimento e transformação. Cada fase é guardada por um dos cinco alvos principais, cada qual com motivações complexas e histórias próprias que, muitas vezes, colocam em xeque a visão de justiça do protagonista.

O talismã da juventude é parte central da narrativa: a cada queda em combate, o personagem revive, mas envelhece alguns anos. Isso simboliza o preço da vingança e o tempo que se esgota, forçando o jogador a escolher entre pressa e estratégia, impulsividade e sabedoria. O jogo oferece dois finais distintos, baseados em como o protagonista encara seus inimigos — se ele opta por vingança ou redenção —, trazendo uma camada filosófica à história.

Apesar de ser um jogo com foco intenso no combate, Sifu também explora temas como disciplina, culpa, perda e superação. O silêncio do protagonista e a ausência de longos diálogos são preenchidos com a expressividade dos movimentos, da ambientação e da trilha sonora, que evocam o espírito dos clássicos filmes de kung fu.

Personagens Principais

Sifu
Imagem: Sifu (Sloclap)

O Protagonista (jogável) – Um jovem mestre de kung fu movido pelo desejo de vingança, treinado desde a infância após sobreviver ao assassinato de seu pai.

Yang – O principal antagonista, ex-discípulo do pai do protagonista. Ele lidera o ataque que dá início à tragédia e representa a face mais complexa da vingança e da dor não resolvida.

Fajar – O primeiro alvo, conhecido como “O Botânico”, é um criminoso violento ligado à máfia das drogas.

Sean – Chamado de “O Lutador”, é um ex-aluno do mestre, agora envolvido em lutas clandestinas brutais.

Kuroki – “A Artista”, uma assassina elegante que usa armas brancas e comanda um museu.

Jinfeng – “A Executiva”, envolvida em manipulação e corrupção, representa a faceta mais intelectual e política da trama.

Curiosidades

Sifu
Imagem: Sifu (Sloclap)

Inspirado por filmes clássicos de kung fu: O jogo é fortemente influenciado por obras como Oldboy, The Raid, The Grandmaster e filmes de Bruce Lee e Jackie Chan. A famosa cena do corredor, por exemplo, é uma homenagem direta ao plano-sequência de luta do filme Oldboy (2003).

Sistema de envelhecimento único: Em vez de uma barra de vidas tradicional, Sifu usa um amuleto que revive o personagem, mas o envelhece a cada morte. A ideia veio do desejo da equipe de explorar a passagem do tempo como parte da narrativa e da jogabilidade, tornando o jogador mais poderoso, porém mais vulnerável com a idade.

Consultoria de mestre de kung fu real: O estúdio Sloclap contratou Benjamin Colussi, um mestre francês de Pak Mei kung fu, para ajudar na criação dos movimentos de combate. Cada golpe do jogo foi inspirado em técnicas reais, e Colussi inclusive fundou uma escola de artes marciais chamada “Lao Wei San” na França.

Sem dublagem em português no lançamento: Apesar do sucesso no Brasil, o jogo chegou apenas com legendas em português. Muitos jogadores pediram por dublagem nacional devido à popularidade da cultura de luta oriental no país.

Dois finais possíveis: O jogo recompensa jogadores atentos que decidem perdoar os chefes ao final de cada luta. Isso leva a um final alternativo, que aprofunda a mensagem sobre redenção e o verdadeiro espírito do kung fu, indo além da vingança.

Estilo artístico elogiado: O visual do jogo usa cel-shading para criar uma aparência estilizada, que destaca cores e sombras de forma cinematográfica. Esse estilo ajudou a destacar Sifu em meio a outros títulos de ação mais realistas.

Nome simbólico: “Sifu” é um termo cantonês que significa “mestre” ou “professor”, usado para designar um instrutor de artes marciais. O título reflete tanto a jornada física do protagonista quanto seu crescimento espiritual.

Recepção da Crítica

Sifu foi amplamente elogiado pela crítica especializada, especialmente por seu sistema de combate intenso, originalidade no design e profundidade temática. No Metacritic, o jogo manteve uma média sólida, com notas variando entre 80 e 85 dependendo da plataforma, refletindo um consenso positivo.

O site IGN deu nota 9/10, destacando o combate como “brilhantemente coreografado” e comparando a fluidez das lutas a uma dança mortal. Eles também elogiaram o sistema de envelhecimento como uma das mecânicas mais criativas dos últimos anos. Já o GameSpot, que deu 8/10, ressaltou a dificuldade elevada, comparando o jogo à escola dos “soulslike”, mas aplicada ao estilo beat ‘em up.

Produção ou colaboração de Lucas Morais em 13/jun/25, atualizado 13/jun/25 às 11h
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