Dead Cells é um jogo roguelike-metroidvania desenvolvido pela Motion Twin, lançado em 2018, que conquistou jogadores e críticos por sua jogabilidade frenética, combate preciso e design de níveis excepcional. Misturando elementos de exploração, progressão permanente e desafios extremamente punitivos, o jogo se destaca pela sua mecânica de “morra e tente novamente”, onde cada morte é uma oportunidade para aprender e melhorar. Com visuais pixel-art detalhados, uma trilha sonora eletrizante e uma variedade de armas e habilidades, Dead Cells oferece uma experiência única a cada partida, incentivando o jogador a se adaptar e superar obstáculos cada vez mais difíceis.
Além da jogabilidade, o jogo possui um tom sombrio e misterioso, com um mundo repleto de lore fragmentada, que o jogador vai desvendando aos poucos. A ilha onde a história se passa é um lugar amaldiçoado, cheio de criaturas grotescas e segredos macabros, e cabe ao protagonista, uma massa de células reanimadas, descobrir a verdade por trás do caos. Com múltiplos finais e caminhos alternativos, Dead Cells mantém os jogadores engajados por horas a fio.
Enredo Principal

O enredo de Dead Cells gira em torno de uma entidade conhecida como “O Prisioneiro”, um ser formado por uma massa de células verdes reanimadas que assume o controle de um cadáver decapitado. Ele acorda em uma masmorra na Ilha do Rei, um reino outrora próspero que foi devastado por um misterioso surto chamado “A Praga”. Essa doença transforma os habitantes em monstros grotescos, e cabe ao Prisioneiro explorar os diferentes biomas da ilha, desde esgotos fétidos até castelos arruinados, para descobrir a origem do caos e pôr fim à maldição.
Conforme o jogador avança, ele descobre que a Praga não foi um acidente, mas sim o resultado de experimentos alquímicos fracassados realizados pelo próprio Rei em uma tentativa desesperada de alcançar a imortalidade. Aos poucos, fica claro que o ciclo de morte e renascimento do protagonista está diretamente ligado a esses experimentos, levantando questões sobre livre-arbítrio e destino.
No clímax da história, o Prisioneiro enfrenta o próprio Rei, agora um monstro corrompido pela Praga, e deve tomar uma decisão crucial que determinará o futuro da ilha. Com múltiplos finais possíveis, Dead Cells deixa espaço para interpretação, garantindo que cada jogador tenha uma experiência única e repleta de descobertas sombrias.
Personagens Mais Importantes
O Prisioneiro – Protagonista do jogo, uma massa de células verdes reanimadas que controla um corpo decapitado. Ele busca respostas sobre a Praga enquanto enfrenta um ciclo interminável de morte e renascimento.
O Rei – Antigo governante da ilha, cujos experimentos alquímicos para obter imortalidade desencadearam a Praga. Agora transformado em uma criatura monstruosa, ele se tornou parte do problema que criou.
O Alquimista – Figura misteriosa que parece conhecer os segredos por trás da Praga. Ele fornece pistas ao Prisioneiro, mas suas verdadeiras intenções permanecem obscuras.
O Homem do Tempo – Entidade enigmática que observa os eventos de longe, possivelmente manipulando o ciclo temporal em que o Prisioneiro está preso.
A Guarda – Soldados corrompidos pela Praga que agora servem como inimigos comuns, representando a queda da ordem no reino.
O Collector – Ser estranho que coleta células e oferece melhorias ao Prisioneiro em troca delas, embora seu papel no ecossistema da ilha seja questionável.
A Rainha – Personagem introduzida em DLCs, uma figura poderosa com sua própria agenda e conexões com os eventos catastróficos da ilha.
Sistema de Dificuldade Progressiva

Dead Cells se destaca por sua jogabilidade dinâmica e desafiadora, combinando elementos de roguelike e metroidvania em um sistema único. Cada partida é gerada proceduralmente, garantindo que nenhuma corrida seja igual à anterior. O jogador explora diversos biomas interconectados, enfrentando inimigos cada vez mais difíceis enquanto coleta células, moeda do jogo usada para desbloquear armas, habilidades e melhorias permanentes. A morte é constante, mas também parte do progresso, já que cada tentativa permite adquirir novos conhecimentos e aprimorar o arsenal disponível.
Um dos aspectos mais marcantes é o sistema de dificuldade progressiva, representado pelas Dificuldades de Células (BC – Boss Cells). Após derrotar o chefe final pela primeira vez, o jogador desbloqueia uma BC, aumentando a dificuldade com inimigos mais fortes, mecânicas adicionais e menos pontos de cura. Esse sistema garante um desafio escalonável, mantendo o jogo interessante mesmo após várias horas de gameplay. Além disso, atualizações e DLCs adicionaram novos biomas, armas e chefes, expandindo ainda mais a experiência.
Infinidade de Armamentos
impressionante variedade de armas e equipamentos disponíveis, cada um com mecânicas únicas que incentivam diferentes estilos de jogo. O jogo oferece desde armas tradicionais, como espadas, arcos e lanças, até opções absurdamente criativas, como lança-aranhas (que solta uma teia para imobilizar inimigos) e tacos de beisebol elétricos (que arremessam os oponentes com choques). Essa diversidade permite que os jogadores experimentem combinações inusitadas, como usar uma corrente de ganchos para puxar inimigos e finalizá-los com um martelo pesado ou combinar um gládio romano com uma granada de gelo para controle de multidões.
Além das armas convencionais, Dead Cells inclui habilidades especiais que funcionam como suporte tático, como turretes venenosas, lâminas circulares e ataques de morcegos. Muitas delas podem ser modificadas por afixos—atributos aleatórios que adicionam efeitos como queimadura, congelamento ou sangramento, aumentando ainda mais as possibilidades estratégicas. Essa personalização faz com que cada partida seja única, já que o jogador precisa se adaptar aos equipamentos que encontra durante a exploração.
Curiosidades

Inspiração em Dark Souls – Dead Cells possui várias referências à série Souls, como a mecânica de perder células (almas) ao morrer e a necessidade de recuperá-las, além do tom sombrio e da narrativa ambiental.
O Collector é um desenvolvedor – O personagem “Collector” foi inspirado em um dos programadores da Motion Twin, que tinha o hábito de “coletar” bugs no código durante o desenvolvimento do jogo.
A Massa Verde tem nome – Nos arquivos do jogo, a substância verde que forma o Prisioneiro é chamada de “Mould“, um trocadilho com “mofo” (por ser verde) e “molde” (por se adaptar a corpos diferentes).
Referência a Hollow Knight – Em uma atualização, os desenvolvedores adicionaram um inimigo secreto chamado “Grimmkin”, uma clara homenagem ao Hollow Knight, outro metroidvania aclamado.
Arma secreta é uma panqueca – Uma das armas mais bizarras é a “Panqueca Assassina”, que literalmente bate nos inimigos com uma panqueca dourada – uma piada interna dos desenvolvedores.