No vasto universo da ciência, existem estudos e experimentos que desafiam as fronteiras do convencional e exploram o inexplorado. Embora fundamentais para o avanço do conhecimento, essas investigações permanecem na penumbra do desconhecido para a maioria das pessoas, revelando descobertas intrigantes que escapam ao radar do público em geral.
A curiosidade humana é infinita e traz à tona uma enorme quantidade de perguntas ainda não respondidas. Neste artigo, exploraremos estudos pouco conhecidos, mas significativos. Alguns podem parecer engraçados à primeira vista, mas revelam-se mais do que piadas acadêmicas, lançando luz para novas perguntas na área científica.
Pessoas de olhos castanhos tendem a parecer mais confiáveis
Por incrível que pareça, existe mais de um estudo que demonstra a tendência de pessoas de olhos castanhos a parecerem mais confiáveis. De acordo com os estudiosos, indivíduos com olhos castanhos frequentemente transmitem uma sensação maior de confiabilidade em comparação àqueles com olhos azuis. Contudo, a verdade reside no fato de que a cor dos olhos não desempenha um papel tão significativo nessa avaliação quanto a conformação do rosto, que geralmente está associada a essa característica.
Um dos experimentos mais recentes foi divulgado pela revista PLOS ONE. Conduzido por pesquisadores da Universidade Carolina de Praga, na República Tcheca, o estudo visava compreender quais fatores poderiam influenciar a percepção de confiabilidade em uma pessoa. A pesquisa envolveu a seleção de 40 estudantes do sexo masculino e 40 do sexo feminino, dos quais foram tiradas fotografias. Posteriormente, 105 voluntários foram reunidos para avaliar o nível de confiança denotada pelas pessoas fotografadas. A maioria dos participantes classificou as faces com olhos castanhos como mais confiáveis em comparação com aquelas de olhos azuis, tanto entre os rostos masculinos quanto femininos.
Análises sobre o formato das faces mostraram, porém, que havia uma grande correlação entre a cor dos olhos e o formato do rosto. Segundo os cientistas a percepção das pessoas era influenciada também pelo formato do rosto das pessoas que possuíam olhos castanhos. Portanto, não é somente a cor dos olhos, mas também as características faciais podem exercer influência na hora de avaliar a confiabilidade de determinada pessoa.
De acordo com o livro Psi-Q de Ben Ambridge, mesmo quando os fotografados usavam lentes de contato realistas para serem analisados, as pessoas que tinham originalmente olho castanho ainda recebiam “notas” de confiabilidade maiores.
Pessoas com olhos claros têm mais propensão ao alcoolismo?
Apesar de parecer algo irracional, alguns estudos mostram que há sim uma correlação entre pessoas de olhos azuis e características inatas que podem desencadear uma propensão maior ao alcoolismo.
Um estudo da Universidade de Vermont, nos EUA tentou demonstrar mais sobre essa correlação. A pesquisa contou com mais de 10 mil pacientes psiquiátricos nos EUA, e o relatório foi publicado no American Journal of Medical Genetics: Neuropsychiatric Genetics. Uma das conclusões que os cientistas chegaram foi de que a incidência do alcoolismo é mais elevada entre norte-americanos de ascendência europeia, isto é, com olhos claros, em comparação com pacientes de olhos escuros.
No entanto, apesar da incidência ter se demonstrado maior no estudo para pessoas de olhos claros, existem muitas ponderações a se fazer. Isso ainda é insuficiente para qualquer diagnóstico prévio, visto que as doenças não são somente desencadeadas por fatores inatos, mas sim por outros fatores que estão fora da genética.
É o caso do alcoolismo, ainda que possa haver um grupo de genes que indiquem uma probabilidade maior de a pessoa ter problemas com o álcool, isso pode ser influenciado e agravado por diversos outros, tais como o nível de renda, grau de escolaridade, níveis de estresse e os ambientes socioculturais em que uma pessoa está inserida.
Além do mais, há diversas outras associações relacionadas aos olhos que ainda não são completamente compreendidas pela ciência. Estudos indicam, por exemplo, que indivíduos com olhos claros podem apresentar uma menor tolerância à dor em comparação com aqueles que têm olhos escuros. Além disso, sugere-se que essas pessoas possuam uma predisposição para serem mais competitivas em relação ao restante da população.