A Gravity finalmente chegou a uma data sobre Ragnarok 3, o novo capítulo da franquia que marcou gerações de jogadores desde os anos 2000. O jogo, que será lançado em 2026, tem uma promessa é ousada: reinventar a experiência de Ragnarok Online com um visual moderno, combates reformulados e uma abordagem mais imersiva ao mundo de Rune-Midgard. O projeto está sendo desenvolvido com a Unreal Engine 5, apostando em realismo gráfico e sistemas atualizados para conquistar tanto veteranos quanto um novo público.
Mesmo com um futuro incerto, o título já chama atenção pelas mudanças estruturais em relação aos jogos anteriores. A Gravity definiu o novo game como um “MMORPG de próxima geração”, buscando se distanciar do estilo retrô e mais estático que caracterizou os títulos anteriores, incluindo Ragnarok Online e Ragnarok Online 2.
Rune-Midgard repaginado
Um dos elementos que mais chamam atenção em Ragnarok 3 é a drástica evolução visual. Abandonando o estilo anime e os sprites 2D isométricos do primeiro jogo — e indo além do visual simplificado de RO2 — o novo título aposta em gráficos realistas, com cenários ricos em detalhes, iluminação dinâmica e animações mais refinadas. A proposta da Gravity é clara: atualizar o visual do universo de Rune-Midgard para os padrões modernos sem perder o charme nostálgico que marcou a série.
Outra grande mudança é a adoção de um mundo aberto contínuo, substituindo a tradicional divisão por mapas. Em vez de transições de tela, os jogadores poderão explorar livremente vastas regiões conectadas, favorecendo a imersão e criando oportunidades para encontros aleatórios com monstros e outros jogadores, além de eventos dinâmicos espalhados pelo cenário.
O combate também será completamente reformulado. A Gravity confirmou que Ragnarok 3 deixará de lado o sistema point-and-click e adotará batalhas em tempo real, com mira livre, esquivas, combos e movimentação ativa. A mudança aproxima o jogo de RPGs de ação mais modernos, prometendo tornar o PvE e o PvP mais envolventes e técnicos.
Mesmo com tantas inovações, o novo título não abrirá mão de sua essência. As classes clássicas como Espadachim, Gatuno, Arqueiro e Mago estarão presentes, assim como monstros icônicos como Poring, Baphomet e outros MVPs lendários. A trilha sonora, de acordo com a Gravity, também manterá a atmosfera melódica que marcou gerações de jogadores desde os primeiros passos em Prontera.
PvP Massivo é uma das principais novidades
O PvP em Ragnarok 3 será um dos grandes focos do jogo, com diversas modalidades competitivas e em larga escala. A Gravity confirmou que o jogo trará batalhas massivas entre jogadores, com ênfase em confrontos estratégicos entre guildas rivais.
Um dos destaques é o modo GvG (Guild versus Guild), onde até 120 contra 120 jogadores poderão se enfrentar em mapas específicos. Essa escala de combate representa uma das maiores já implementadas na franquia Ragnarok. As batalhas serão influenciadas por fatores como posicionamento, sinergia de classes, buffs coletivos e domínio territorial.
Além do GvG, o jogo também contará com modos PvP mais tradicionais e acessíveis:
- Arena PvP: Combates em instâncias controladas, provavelmente no formato de team deathmatch ou batalhas 1×1 / 3×3.
- PK Zones (Player Kill Zones): Algumas áreas abertas do mundo podem permitir PvP livre, onde jogadores podem atacar outros fora de instâncias específicas (não confirmado oficialmente, mas especulado por jogadores e influenciadores que testaram a build demo).
- Battlegrounds: Modos objetivos em equipes, nos quais os jogadores competem por controle de pontos, captura de bandeiras, ou proteção de estruturas aliadas.
Modos de jogo (Geral)
Além do PvP competitivo, Ragnarok 3 trará uma experiência robusta para jogadores que preferem conteúdos PvE (Player vs Environment), exploração cooperativa e desafios em grupo. O jogo aposta em múltiplas camadas de conteúdo, com foco em progressão, loot raro e sistemas sazonais que renovam constantemente as atividades disponíveis no mundo de Midgard.
PvE (Player vs Environment)
- Raids
As Raids são enfrentamentos contra MVPs de alto nível, projetadas para grupos organizados de jogadores (parties ou guildas). Cada Raid terá mecânicas próprias de combate, exigindo posicionamento tático, sinergia entre classes e execução precisa de habilidades em tempo real. Os MVPs contam com múltiplas fases, mudanças de padrão de ataque e efeitos de área (AoE) que exigem movimentação constante. O loot inclui equipamentos lendários, materiais raros e recompensas vinculadas ao ranking de desempenho. - Instâncias (Dungeons)
As Dungeons são masmorras instanciadas com progressão linear ou não-linear, divididas por níveis de dificuldade. Podem conter armadilhas, chaves, puzzles ambientais e desafios únicos. Algumas instâncias terão tempo limite, fases bônus ou condições específicas para obter recompensas extras. É o local ideal para farmar equipamentos, cartas, consumíveis raros e itens de aprimoramento. - World Bosses
Os World Bosses aparecem em horários pré-determinados no mundo aberto, reunindo dezenas ou centenas de jogadores no mesmo local. Eles contam com áreas de efeito massivas, fases interativas e resistências elementais variadas. O sistema de recompensa será escalonado, com base no dano causado, tempo de contribuição e objetivos secundários. Guildas poderão competir por domínio nesses eventos, e há possibilidade de drops exclusivos e temporários.
Conteúdo Sazonal e Rotativo
- Sistema de Temporadas
O jogo adotará um modelo de conteúdo sazonal, onde, a cada nova temporada, o mundo de Ragnarok 3 será expandido com: - Novas áreas de exploração com ambientações e criaturas temáticas;
- Histórias temporárias que aprofundam a lore de Midgard;
- Eventos PvE especiais (ex: defesa de cidades, invasões demoníacas, caçadas globais);
- Recompensas únicas de temporada, como visuais, montarias e mascotes;
- Balanceamento temporário de builds e classes, incentivando novas estratégias a cada ciclo.
Sistema de diplomacia
Durante a G-STAR 2024, a Gravity confirmou que Ragnarok 3 contará com um sistema de diplomacia entre guildas, marcado como uma das inovações sociais do jogo. Embora ainda sem muitos detalhes técnicos revelados, foi anunciado que o sistema permitirá interações estratégicas entre guildas, ampliando a dimensão política do GvG. A ideia é que as alianças, rivalidades e conflitos territoriais entre grupos de jogadores deixem de ser apenas espontâneos e passem a integrar uma mecânica formal, promovendo disputas organizadas e de longo prazo pelo domínio de regiões do mapa.
Outra novidade importante revelada pela desenvolvedora é a presença de um comércio livre entre jogadores, retomando um dos pilares clássicos da franquia. Jogadores poderão negociar livremente itens, equipamentos e recursos através de lojas pessoais e trocas diretas, fortalecendo a economia orgânica dentro do jogo. A Gravity também indicou que esse sistema será integrado a aspectos sociais mais amplos, como guildas e regiões dominadas, sugerindo que o comércio poderá ter papel estratégico nas disputas por influência dentro do servidor.
PC primeiro, consoles depois: o plano da Gravity
Ragnarok 3 será lançado inicialmente para PC, mas a Gravity estuda levar o jogo também para consoles e mobile. Ainda sem confirmação oficial, a expectativa é que siga o modelo free-to-play com foco em itens cosméticos.
O novo título marca uma tentativa da desenvolvedora de se reposicionar no cenário global dos MMORPGs, equilibrando modernização com elementos nostálgicos. Enquanto isso, os servidores do Ragnarok Online seguem ativos, tanto no Brasil (bRO) quanto no novo LATAM, mas o futuro desses serviços pode ser impactado com a chegada do terceiro jogo.
Com promessas ambiciosas, Ragnarok 3 pode representar um novo ciclo para a franquia — e recolocar a marca entre os grandes nomes do gênero.
